quinta-feira, 30 de maio de 2013

29/05/2013 :: Vento

O relógio despertou ás 8h como de costume, Fernanda deixou tocar a soneca só para ver se Alexandre se mexia e nada. Despertador desligado, perdemos um pouquinho a hora, levantamos perto das 9h.
Tomamos café e saímos. Antes de pegarmos a estrada rumo a Kansas City fomos passear no Sioux Falls Park. O Big Sioux River corta a cidade e no centro existe uma cascata e as pedras avermelhadas, chamadas quartzite (em inglês), estão em todo lugar. Com o passar do tempo, o rio foi represado, um moinho foi construído nas margens, com a mesma pedra, e depois uma usina hidrelétrica com um prédio onde também funcionava a companhia de luz e energia, também com a mesma pedra. Hoje o rio desce livre novamente pelas pedras, o moinho foi desmontado e só restam as fundações e o antigo prédio da companhia de luz e energia, é hoje um café. Também com a mesma pedra foi construída uma torre da altura de cinco andares com um centro de visitantes no térreo. O parque não tem nada demais, mas é bem cuidado e o contraste das pedras vermelhas, da água caindo, da grama verdinha, das construções antigas e algumas obras de arte o tornam bem charmoso.


Aqui abandonamos a I-90, a auto estrada que vez em quando nos acompanha desde Seattle e seguimos viagem para Kansas City pela I-29. Desde o início da viagem lutamos contra o vento que vinha do sul (até aqui, vento Sul?) e a chuva incomodava de vez em quando. Alexandre já havia decidido que o almoço seria em Omaha, Nebraska pois era no meio do caminho. Fernanda leu no guia dos EUA que havia um restaurante especializado em carnes que era o preferido de um famoso financista da região e especializado em filet mignon, então resolvemos ir conhecer. O restaurante se chama Gorat's e é fantástico, desde a sopa até a sobremesa passando pelo filet mignon, tudo delicioso.


Depois de toda essa comilança, paramos em uma área de descanso para tirar aquele cochilo. Depois seguimos viagem direto até Kansas City, no estado do Kansas.
O vento foi nosso companheiro hoje, mas não um ventinho qualquer. Um vento tão forte que fazia o carro balançar e consumo de gasolina aumentar bastante. Praticamente gastamos 90% do tanque para chegar ao destino, quando normalmente seria algo como 60 ou 70%.
Quando chegamos passamos na farmácia para comprar cerveja (?) entre outras coisinhas e pegamos uma pizza para comer no quarto do hotel. Na recepção o atendente nos avisou sobre o risco de uma forte tempestade esta noite. Está quente por aqui. Esperamos pra ver.



28/05/2013 :: A Grande Planície e as Badlands

Acordamos e fizemos o dever e casa como de costume: tomamos café, arrumamos as malas, olhamos e-mail's e facebook's, checamos o caminho que deveríamos seguir e o que tinha nele. Naquele momento nada nos interessou então seguimos rumo a Sioux Falls com a intenção de parar apenas para almoço. 
A estrada estava um tédio só. Finalmente deixamos as rochosas e estamos nas Grandes Planícies dos EUA, curvas suaves e retas intermináveis em meio as pradarias. Cruzamos o estado de South Dakota praticamente em linha reta do oeste para o leste. Estávamos na estrada há umas duas horas quando Alexandre viu a placa do Badlands National Park -entrada Oeste e não se interessou a entrar. Seguimos e a paisagem começou a mudar à direita e cada vez mais perto e Alexandre via algumas formações rochosas interessantes e acordou Fernanda, que estava tirando um cochilo. Decidimos então entrar no Badlands National Park. 


Este parque foi criado pela ação da natureza com muito vento, muita chuva, muita neve e muito sol, tudo é em grande escala neste parque. Os índios Lakota viviam na região até serem expulsos pelo Governo, que na época do incentivo à ocupação do meio oeste do país, sorteava terras para as pessoas que moravam no leste, em troca do compromisso de cultivo das terras daqui. Não deu muito certo pois o clima não ajudava e elas acabavam indo embora. O parque conta com formações rochosas esculpidas durante anos e alguns animais e flores de cactus na primavera e no verão, aprenderam a se adaptar com este ambiente. Entre os animais estão os carneiros de chifre longo, cobras, bisões, lobos, furões e cães das pradarias. Passamos no parque no horário do meio-dia e os únicos dispostos a aparecer pra dar um alô neste horário foram os cães da pradaria. Diversos destes curiosos de 20 cm de altura passeavam pelos campos ao redor do parque. Uns chegaram bem perto da gente.


Depois do passeio, saímos pela entrada oeste do parque, isso quer dizer que tínhamos que refazer parte do caminho. Assim que saímos do parque paramos para almoçar na cidade de Wall, retornando viagem logo após para Sioux Falls.
Como almoçamos tarde, chegamos tarde e não jantamos. Ficamos descansando no hotel, que aliás foi o hotel que teve o quarto mais espaçoso até agora. Tudo era gigante!

terça-feira, 28 de maio de 2013

27/05/2013 :: Mount Rushmore

Acordamos tranquilos hoje. Depois da jornada de ontem sobrou pouco até Mount Rushmore. Pegamos a I-90 e saímos da estadual 16, onde vimos uma paisagem estranha de floresta: as árvores cresciam sobre as rochas até uma altura onde aparentemente não podiam com o próprio peso e quebravam. Outras nasciam por perto.
Almoçamos em Custer, já no estado de South Dakota, a poucos minutos do parque. Estávamos atrás de uma costelinha de porco, mas quando perguntamos por "pork", mesmo vendo que não havia no cardápio, o garçom nos olhou como se nunca tivesse ouvido a palavra antes. Depois de alguns segundos de silêncio nos disse, como quem está alertando alguém que tivesse alergia a porco, que alguns pratos que eles servem tem bacon. Ele tinha um olhar de que não tem muita certeza de que bacon é porco. Lembramos do nosso amigo Kayuá que certa vez nos disse: "bacon não é carne, bacon é amor".
Depois de não comer porco no almoço, fomos para o Mount Rushmore National Park. Havíamos comprado, lá em Bryce Canyon National Park, um passe anual, válido para Alexandre e quem estiver com ele dentro do carro, no valor de USD 80. Desde então entramos em todos os parques nacionais com ele. Mas aqui não, malandragem! O Mount Rushmore é um parque nacional, mas eles não cobram entrada e sim taxa de estacionamento de USD 11. Ha!


Pra quem sempre viu o famoso monumento em filmes ou desenhos animados, A primeira impressão do monte é que as cabeças ficam muito longe o que as deixa muito pequenas. Mas visitando o museu e vendo fotos e filmes da época se dá valor ao trabalho que começou em 1925 com a cabeça de Washington, e a cabeça de Thomas Jefferson foi inaugurada quando Roosevelt era presidente. O que impressiona é que a cabeça de Roosevelt foi a terceira, e ele ainda nem era presidente quando o trabalho foi iniciado. Deve ter sido uma enorme mudança de planos.


A quarta cabeça é a de Abraham Lincoln e foi finalizada em 1941, quando o escultor idealizador da obra Gutzon Borglum já havia falecido, por seu filho, também chamado Lincoln.
Saímos do parque com planos de voltar às 21h para o show de iluminação do monumento, mas de repente a programação do rádio foi interrompida para alertar sobre uma tempestade e o alto risco de inundação previsto para 22h de hoje. Resolvemos ficar no hotel e lavar roupa. Mesmo na tv, o som das programações era cortado por um duplo bipe e uma mensagem de alerta para o local onde estávamos aparecia no rodapé da imagem a cada dez minutos.


A tempestade veio... e se foi enquanto lavávamos roupa. Nem vimos. Saímos mais tarde para comer alguma coisa. Alguma coisa não! Costelas de porco!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

26/05/2013 :: Yellowstone

Levantamos às 7h, tomamos um café reforçado e às 8h já estávamos na estrada. Entramos no Yellowstone National Park às 9h e nossa primeira parada foi no Mamouth Springs, um pequeno monte com várias fontes de água super quente e sulfurosa que saem de diversos pontos e descem monte abaixo de diversas cores. Conforme descem, os minerais que elas carregam vão formando vários degraus onde a água vai empoçando, muito legal.


E então seguimos para o sul, e no caminho bisões e outras fontes super quentes, rios, vales e florestas formavam uma paisagem fantástica.
Chegamos ao Norris Point 20 milhas depois e vimos nosso primeiro geiser, o Steamboat.  Apesar do cheiro forte de enxofre, o geiser é um espetáculo. É como uma galeria subterrânea, que vai enchendo de água quente até que a temperatura e pressão sejam suficientes para fazer a água jorrar a alguns metros de altura por um buraco no solo. E acontece a todo momento a cada intervalo de alguns minutos, que geralmente é irregular.


Seguimos mais algumas milhas ao sul e vimos algumas piscinas coloridas escaldantes de onde saia uma nuvem úmida e fedorenta tão densa que quase não nos deixava respirar. Mas sem dúvida, valeu a pena.


Mais algumas milhas ao sul chegamos a uma das estrelas do parque, o Old Faithful. Em português poderia ser algo como o Velho Pontual. Um geiser que jorra água a uns quinze metros de altura a cada 90 minutos. Então é engraçado ver o local enchendo e esvaziando e turistas a cada hora e meia. Sabemos disso porque chegamos lá no exato momento em que o espetáculo tinha acabado e tivemos que esperar os 90 minutos completos até a próxima erupção. Aproveitamos para fazer um lanche.


Saímos de lá 90 minutos mais tarde e seguimos a leste costeando o lago Yellowstone, ás 16:40h estávamos exaustos e paramos para uma soneca de 40 minutos antes de seguir. Mal retomamos a estrada demos de cara com outra estrela: um filhote de urso pardo já causava um pequeno congestionamento nas vias do parque, também paramos para uma foto. Antes de sair do parque encontramos outro urso. Pausa para uma foto e seguimos para o lugar programado para o merecido descanso, a... 500 km dali. Mais de 5h de viagem. 


Ainda antes de sair do parque passamos por um ponto onde a altitude era de quase 3000 metros e vimos a paisagem se tranformar de floresta de altitude para deserto enquanto saíamos pela estadual 14 de Wisconsin, uma estradinha muito solitária, onde encontramos uma localidade chamada Emblem, que ostentava orgulhosa uma placa que dizia: "população: 10". 
Vimos umas formações rochosas bem vermelhas e entramos em uma fenda numa montanha, tão estreita que podia ser interrompida a qualquer momento por uma rocha que caísse lá de cima. Depois subimos de carro pelas paredes de um canyon estreito da Big Horn National Forest, e enquanto ia anoitecendo, subimos, subimos, subimos tanto que logo  era escuro, veados cruzavam a estrada a todo momento, a temperatura externa marcava 34*F (1*C) e estávamos cercados de neve! Já passava das 21h  quando começamos enfim a descer por uma estrada que só podemos comparar a descida da Serra do Rio do Rastro em Santa Catarina. Numa escuridão completa, curvas de quase 180* se revezavam para a esquerda e para direita. E quando chegamos ao fundo ainda faltavam 80km para chegar a Buffalo, onde estava nosso hotel. Chegamos às 23h. E amanhã tem mais.

25/05/2013 :: Fora do Script...

Acordamos cedo e pegamos estrada. Pensamos que seria um dia bem normal, sem grandes acontecimentos, estávamos redondamente enganados.
Para começarmos bem o dia sem muito estresse paramos no posto para abastecer e uma caixa que nem estava atendendo o Alexandre de repente apontou pra ele disse: que cabelo legal! Alexandre achou que estava descabelado, mas elas estavam falando da cor dele. Perguntaram se era natural! (Bizarro). Depois de abastecer, Fernanda levou o carro por mais ou menos 1h sem grandes acontecimentos. Paramos em área de descanso e Alexandre pegou novamente a direção. Como Fernanda estava andando abaixo da velocidade máxima que era 75mph, Alexandre resolveu compensar andando a um pouco mais de 80mph. Quando perceberam estavam sendo seguidos pelo carro da patrulha estadual do estado de Montana. Alexandre resolveu não parar e acelerou até 120mph ziguezagueando o tráfego. Fernanda gritava, agora danou-se! De repente mais dois carros surgiram no retrovisor. Para tentar despistar cortamos um caminhão tanque pelo acostamento e ao voltar para pista, fechamos caminhão, e vimos pelo retrovisor o caminhão bater na mureta central e tombar e deduzimos que um dos carros da polícia tenha acertado o caminhão, pois ele explodiu. Foi aí que os helicópteros apareceram....
Brincadeira.... Na verdade quando o carro da patrulha apareceu, Alexandre parou no acostamento e recebemos um sermão do policial sobre estarmos andando a 84mph e uma advertência. Segundo o policial, o Estado de Montana está no topo do índice de acidentes dos EUA, principalmente pelo atropelamento de alces e outros animais cruzando a pista. E não iria ser bonito acertarmos um animal naquela velocidade.
Seguimos viagem com cautela até Livingston. 
Chegando lá Alexandre leu em algum lugar que o parque Yellowstone estava apenas 11 milhas dali e então decidimos ir passear. Na verdade estava a 52 milhas e já era quase 19h, mas como quando descobrimos que Alexandre tinha lido errado já estávamos no meio do caminho, decidimos seguir. Encontramos um veado na rodovia e vários carneiros de chifre curvo. Entramos no parque e fomos passear por um caminho que não faríamos amanhã. Vimos muitos bisões, alguns veados e um urso! Hoje conseguimos ter uma pequena idéia de quão bonito é o parque, amanhã voltamos. Chegamos no hotel já era por volta das 22:30h e ainda não tinha anoitecido completamente. Tínhamos que lavar roupas, mas estávamos muito cansados e fomos descansar que o outro dia seria longo.


domingo, 26 de maio de 2013

24/05/2013 :: Kellogg

Saímos de Seattle logo cedo, passamos no EMP Museum para trocar a camiseta do Alexandre que a "large" era maior que outras "larges" que ele tinha e seguimos rumo a Kellogg. Você pode se perguntar: Kellogg? Sim, Kellog. Uma cidadezinha ali em Idaho, a meio caminho entre Seattle e o Yellowstone National Park. Foi um dia de estrada. Atravessamos o estado de Washington praticamente inteiro sempre rodeados pelas montanhas. Almoçamos no Denny's. Fernanda comeu uma tilápia grelhada fantástica com brócolis para quem acha que lá é só fast food está enganado.
Vimos muitas plantações de grãos no caminho e também de batatas. Paramos em uma cidadezinha muito charmosa chamada Coeur d'Alene. É uma cidade de veraneio, com um lindo lago e uma praia artificial. Paramos no píer onde havia vários esportes náuticos sendo oferecidos e dois hidroaviões que faziam passeios panorâmicos pela região. Se o tempo estivesse mais limpo e não estivesse tão frio, teríamos voado. Ou não. Passeamos um pouco por lá, tiramos algumas fotos e seguimos viagem para a próxima cidade, Kellogg. Apesar do nome familiar não tem nenhum parentesco com o cereal. A cidade é muito agradável, nosso hotel ficava de frente para o bondinho que leva os turistas para o alto da montanha para esquiar. Infelizmente já estava fechado, pois a neve já derreteu. Jantamos uma pizza deliciosa no mesmo complexo dos bondinhos e fomos descansar.

Ahh, a lua estava cheia, gigante e belíssima. 
Alexandre está novo de novo! Parou de tomar os remédios.

Obs. Esquecemos de bater fotos com o iPod/iPad.

sábado, 25 de maio de 2013

23/05/2013 :: Space Needle

Depois do café da manhã, Fernanda deu uma arrumada no quarto para a camareira poder entrar e arrumar, estava quase impossível andar nele.
Fomos para o Space Needle e antes de subir passeamos pelos arredores. Visitamos a International Fountain, uma fonte que " dança" conforme a música e faz a alegria da criançada. Depois demos uma passada no EMP, Museu de Música e Art Pop, como tínhamos horário reservado para almoço, conhecemos apenas a lojinha de souvenir e ficamos de voltar após o almoço. Subimos no Space Needle, tiramos algumas fotos, o tempo mudou e o vento gelado e frio tomou conta. Fomos para o Sky City, restaurante giratório da torre e almoçamos com vista para a cidade. 


Uma volta e meia depois voltamos ao EMP e nos divertimos com uma exposição do Nirvana e outra de Jimi Hendrix, ambos naturais aqui de Seattle e vimos também a exposição sobre Fantasia e RPG, Ficção Científica e filmes de Terror. Nesta exposição vimos as fantasias de grandes filmes do cinema como Matrix, StarTrek, Labirinto, Nárnia, Sexta-feira 13, Alien, Hellboy e outras, e também rascunhos originais do livro Senhor dos Anéis e da Guerra dos Tronos. Saímos só quando o museu fechou e fomos "expulsos", mas queríamos ter ficado bem mais por lá. Jantamos no mesmo restaurante chinês de primeiro dia e agora vamos descansar, pois amanhã é dia de pegar a estrada!

 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

22/05/2013 :: Seattle

Acordamos, tomamos café com muffin inglês, um pão azedo que fica mais gostoso com manteiga/margarina do que com geléia e fomos direto para a Boeing. Chegamos as 10h, exatamente no horário do tour. Assistimos o vídeo de introdução e depois seguimos com a Joana, nossa guia, para dentro da fábrica da Boeing. Não é permitido filmar ou fotografar dentro da fábrica, que segundo ela é a maior construção do planeta, se medida em volume. Cabem 7 Empire State Buildings deitados dentro dela. Lá vimos cada parte sendo montada individualmente: a cabine de controle, as asas, o corpo, a cauda, e depois a montagem dessas partes e os ajustes finais como ar condicionado, tapeçaria, bancos e pintura. Tudo enorme. Disse que se você pede um avião hoje, leva um ano para encomendar tudo que será necessário, mas a montagem é feita em três dias. Tanto que só da linha de montagem do 777 são entregues dez aviões por mês. E a Boeing não entrega o produto, a empresa que venha buscar o seu em Seattle, traga seu piloto para testá-lo e leve-o embora.


Depois fizemos compras e passeamos pelo salão onde tem turbinas desmontadas, cabines de controle, seções de primeira classe e um simulador de voo, que nos deixou bem enjoados.
Na saída da fabrica almoçamos massa em uma pizzaria, naquela região mesmo e voltamos para o hotel. Ligamos no restaurante que fica na Space Needle para reservar o jantar, mas estava lotado, então reservamos o almoço de amanhã. E fomos passear na região da Fremont Avenue onde, segundo um guia que trouxemos, é um bairro que é reduto de artistas em Seattle e caçamos algumas esculturas espalhadas.
Chove o tempo todo aqui e é normal. Estacionamos no centro da cidade perto da Pike Street e fomos no Public Market Center, um curioso mercadão público, com muitas flores, verduras, quinquilharias e peixes voando pra todo lado. Lá encontramos aqueles morangos gigantes e deliciosos e não resistimos, compramos duas caixas. E logo ali do outro lado da rua fica o primeiro Starbucks de todos, onde tomamos um chocolate quente e compramos uma caneca exclusiva.


Depois decidimos ir a praia, não para tomar banho, claro, já que anda fazendo uns 5graus Celsius por aqui. E pensar que há uma semana atrás estávamos reclamando dos 40 graus Celsius que fazia em Las Vegas. Fomos num lugar mais afastado da cidade, com várias mansões e ficamos por lá até o jantar muito gostoso, em um lugar chamados Duke's Chowders, e comemos Salmão do Alaska. Ao anoitecer, lá pelas 22h, paramos em uma parte que fica de frente para a cidade de Seattle para aproveitar a vista e tirar algumas fotos noturnas. Estava muito muito frio e nem ficamos muito por lá, voltamos cansados para o hotel. Amanhã subimos na agulha espacial.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

21/05/2013 :: Noroeste: Névoa e Chuva

Depois do café partimos rumo à Seattle. No caminho planejamos ver uma das montanhas que tem nessa região. Ou o Mount St. Helens, um vulcão adormecido que da última vez que acordou, em 1980, mandou metade da montanha pelos ares, ou o Mount Rainier, mais perto de Seattle, é também um vulcão ativo de quase 4400 metros de altura.
Estávamos pensando em ir somente no Mt. Rainier, mas como achamos que tínhamos tempo de sobra entramos para ver o St. Helens. A meio caminho do primeiro centro de visitantes desabou uma tempestade, e quando chegamos nele havia um monitor que mostrava a visão do mirante aos pés da montanha. Mostrava nada na verdade, achamos que o monitor estava quebrado, mas o guia nos explicou que uma densa névoa estava sendo mostrada no monitor. Pensamos um pouco e como era meio dia resolvemos seguir até o próximo centro de visitantes, onde tinha um restaurante, e ver se a névoa daria uma trégua. Não deu. Nem continuamos. Voltamos para a auto estrada e o sol apareceu tão bonito, que vimos a placa indicando o Mt. Rainier e entramos na estrada totalmente empolgados. Uns 20 km depois estava chovendo muito forte e escuro como o anoitecer. Afinal não se chama RAINier ao acaso, pensamos. 
Voltamos ao caminho para Seattle, com a chuva nos fazendo companhia. Como toda cidade grande o trânsito em Seattle não é tranquilo e piora com a chuva. Então embora a vista da cidade fosse convidativa, atravessamos em direção ao norte, onde ficava o nosso hotel e procuramos um restaurante chinês, porque Fernanda estava com síndrome de abstinência de arroz. Estava muito bom. Fizemos check in e fomos descansar satisfeitos com a comida e um pouco frustrados com as montanhas.

20/05/2013 - Oregon Day

Tomamos um café bem gostoso em Baker City, com um muffin delicioso. Pegamos estrada rumo a Portland. Depois de cruzar alguns campos com torres de geradores eólicos e montanhas nos acompanhando a direita viramos em direção a oeste seguimos com o rio Columbia em direção a Portland. Seguimos sempre com o rio a direita conforme um paredão ia se erguendo a nossa esquerda, primeiro mais pelado e desértico, depois forrado de uma floresta de coníferas, mesmo nas partes mais íngremes. Uma estrada de ferro também nos acompanhava, ora à esquerda, ora à direita, só nos abandonando para atravessar a parede do canyon quando o rio fazia uma curva mais fechada. De cima do canyon, como que olhando para nós lá embaixo, estavam mais algumas dezenas de torres eólicas. Paramos algumas vezes para tirar foto da paisagem. Durante o percurso, conforme o rio Columbia ia alargando, vimos 3 usinas hidrelétricas e almoçamos de frente para a última delas, até que chegamos em Portland. 

  

Nos hospedamos em uma cidade do outro lado do rio, chamada Vancouver, no estado de Washington. Depois do check in, voltamos para visitar o centro de Portland.
O centro da cidade não nos encantou tanto. Pedintes, drogados sendo revistados pela polícia e outros tipos estranhos infestam as ruas da cidade, encurtando nosso passeio. Saímos do centro, visitamos rapidamente o "waterfront", a área urbanizada junto ao rio Columbia, e voltamos para o hotel. Amanhã, se o tempo ajudar iremos até as montanhas que tem no caminho entre Portland e Seattle. Então, até Seattle!




segunda-feira, 20 de maio de 2013

19/05/2013 :: Crateras da Lua

Tomamos um bom café da manhã e pegamos novamente a estrada em direção ao Craters of the Moon National Monument. O parque é formado por cinzas e lavas de uma antiga erupção. Não há vulcão, a erupção foi de lavas que vazaram de fendas na terra. O solo e as crateras parecem fazer parte de uma paisagem da lua. Astronautas da Apolo 14 visitaram o parque para aprender mais sobre a geologia do lugar que é parecida com a da lua. Logo que chegamos  no parque pegamos uma chuva de granizo que deixou uma montanha de cinzas vulcânicas, branca de gelo.


Mais um pouco de estrada e entramos no Estado do Oregon. Chegamos no cheiro de gasolina em Baker City. Havia uma placa na estrada avisando sobre a distância para o próximo posto de gasolina e estava tudo sob controle, se o posto estivesse aberto. Quando chegamos aqui em Baker City, o contador de autonomia de combustível não marcava mais milhas, somente mostrava a mensagem "low range", e se Baker City não se situasse no fundo de um vale, com certeza não chegaríamos. Fernanda não viu essa parte, ufa! Agora temos uma certeza: cabem pelo menos 22,8 galões de combustível no Jeepão.

Aexandre está cada vez melhor, mas continua com dores.